A INIMIZADE E A AMIZADE
A inimizade e a amizade
Num ensaio chamado “A
inimizade e a amizade”, o escritor Milan Kundera fala de amizades fraturadas
por divergências políticas: “Em nosso tempo, aprendemos a submeter a amizade
àquilo que chamamos de convicções. E até mesmo com o orgulho de uma retidão
moral. É preciso realmente uma grande maturidade para compreender que a opinião
que nós defendemos não passa de nossa hipótese preferida, necessariamente
imperfeita, provavelmente transitória, que apenas os muito obtusos podem
transformar numa certeza ou numa verdade. Ao contrário da fidelidade pueril a
uma convicção, a fidelidade a um amigo é uma virtude, talvez a única, a última.
Hoje, eu sei: na hora do balanço final, a ferida mais dolorosa é a das amizades
feridas; e nada é mais tolo do que sacrificar uma amizade pela política.”
Ps. Não li essa obra. Extraí o trecho de uma postagem da colega Wanda Siqueira.
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