Raimar Machado recebe a Comenda Oswaldo Vergara
Passei a infância e a adolescência papagaiando nos ouvidos dos meus pais que queria ser advogado “quando crescesse”, embora, naqueles tempos, o Alegrete não tivesse faculdade de Direito.
No inicio do ano de 1975, prestes a terminar o ensino médio (chamado “científico”) e, por força das circunstâncias geográficas, quase entrando na Faculdade de Administração do Alegrete, meu pai comprou-me uma passagem de trem para Porto Alegre, dizendo-me, do seu modo, que eu só me realizaria se seguisse a minha evidente vocação. Eu tinha 17 anos e em Alegrete estavam todas as coisas que valorizamos nessa idade menos a tal faculdade.
Foram18 horas de viagem, sacolejando, até chegar aqui, em 5 de janeiro de 1975, onde arrumei um emprego e sustentei meus estudos na PUC, vindo a me formar em 1982.
No meu amor
pelo Direito, continuei estudando até hoje.
Tomei várias decisões, acertadas ou
não, ao longo da vida, mas numa decisão, tomada quando mal sabia falar, tenho
certeza de que sempre estive certo: Ser advogado.
Por que fui lembrar disto logo hoje?
Por que fui lembrar disto logo hoje?
É por que hoje, as 17h30, recebo da Ordem dos Advogados do Brasil, a Comenda Oswaldo Vergara, a mais alta distinção outorgada pela OAB a seus membros. Se não a mereço por meus escassos méritos e muitos defeitos, certamente a mereço pela certeza, que sempre tive, de que a Advocacia é a mais maravilhosa das profissões.
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